Empreender em Part-time, Sim ou não!?
- Michael São Lázaro
- 8 de abr. de 2019
- 6 min de leitura
Atualizado: 6 de jun. de 2019

Sim, sim e SIM!!
Começar um negócio próprio deve ser uma decisão tomada com enorme entusiasmo, mas não de animo leve.
Um negócio próprio é um passo que, muitas vezes, é um “do or die” na vida das pessoas – um passo que pode ser o concretizar de um sonho ou...de um pesadelo. Por isso, antes de avançares, há três ou quatro pontos que deves ter bem presentes, sendo que a primeira é:
Começar logo a 100% num negócio próprio, ou ir construindo um negócio em paralelo com o emprego que tens actualmente.
Eu já fiz as duas coisas, e o que te vou dizer é aquilo em que eu acredito, face à minha experiência pessoal. Outras pessoas tiveram outras experiências, outras pessoas dir-te-ão o oposto daquilo que eu te vou dizer – cabe-te a ti perceber o que faz mais sentido a ti, atendendo ao teu tipo de perfil, e à tua realidade actual.
Como te disse, já fiz as duas – já pus “todos os ovos no mesmo cesto” e já “dividi o mal pelas aldeias” e, sabendo o que sei hoje, optava logo de início por esta segunda opção: arriscar com segurança.
Há um podcast do Flávio Augusto, do Geração de Valor, em que ele diz uma coisa que passou a ser um dos meus princípios profissionals:
“Todo o risco é calculado. Se não for calculado já não estamos a falar de risco, mas de perigo.”
E eu pus-me em perigo várias vezes. E como eu, milhares de pessoas. Para algumas correu bem, para outras correu mal. E é importante que tenhas a certeza de uma coisa:
as pessoas a quem correu bem são a excepção e, por isso, as probabilidades de tu seres a regra são muito maiores do que seres a excepção.
Sem paninhos quentes! Se é a primeira vez que estás a ler ou a ver algo meu, isto que te escrevo até pode ser uma surpresa para ti. Se já acompanhas o meu trabalho, já sabes qual é a minha forma de estar!...
A maioria de nós aprendeu da forma errado como se começa um negócio: ou com divida, ou com investimento próprio.
As duas estão erradas – ou, de outra forma, não são a melhor opção.
No primeiro caso, pede-se um empréstimo e a primeira coisa que se faz é começar-se imediatamente a gastar esse dinheiro: processos de constituição de sociedade, contabilistas e advogados, material de escritório e alguns “brinquedos” para trabalhar, alugueres, stocks e por aí fora…
No segundo caso, só a fonte é que muda, de resto o processo é o mesmo.
Isto coloca logo dois grandes entraves ao sucesso do empreendedor e do seu novo empreendimento:
Primeiro, antes de começar a ganhar dinheiro, já está a gastar – seja dinheiro dos outros (que agora é SUA responsabilidade, e VAI TER que ser pago de uma forma ou de outra), seja próprio.
Nota interessante: o empreendedor abre o seu negócio e dá dinheiro a ganhar a dezenas de outras empresas, menos à dele… Just a thought!...
Segundo, antes de começar a ganhar dinheiro, tem uma carga de despesas tão pesada que o impedem de reinvestir a curto-prazo no seu negócio – o que é um dado adquirido que será necessário.
E repara nisto: não são só as despesas do negócio – ordenados, segurança social, rendas, contabilidade e outras tantas… São também as suas despesas pessoais – a sua renda de casa e as despesas domésticas, a prestação do carro, o colégio dos filhos, etc…
Ou o negócio começa logo a facturar – e muito! – ou o recentemente empresário começa a ficar em maus lençóis logo no início do que devia ser a sua mais fantástica aventura!...
Vai-se acumulando pequenas dividas aos fornecedores…
Essas dividas começam a ganhar proporção, então fazem-se novas dividas em forma de empréstimos para se conseguir pagar essas dividas e manter o negócio a funcionar, até se começar a não ter dinheiro para pagar ordenados…
Começam-se a despedir pessoas, até que de repente são os próprios a ter que trabalhar por dois ou até por três no seu próprio negócio, tornam-se empregados do próprio negócio…
E, “do nada”, estão a trabalhar para dar dinheiro a ganhar a toda a gente, menos a si mesmos.
Been there, done that!
E é por tudo isso que eu te digo A TI, que estás a pensar começar o teu próprio negócio:
THINK BIG, START SMALL.
Não é uma frase minha, não. Foi dito por algum american-dude que eu não me lembro, mas que assim que ouvi abracei como um principio para todas as minhas aventuras empreendedoras.
Mas como é que isso se aplica ao empreendedorismo na práctica!?
Bem, uma das coisas mais importantes para começares a reteres quando falamos de “think big, start small” é que independentemente de qual for a visão que tens para o teu negócio, independentemente dos objectivos e sonhos que tenhas para o teu negócio…
…tens que encontrar uma forma simples, fácil e rápida de não seres tu a financiares a construção do teu negócio, e sim serem os teus clientes a financiar o arranque do teu negócio.
E como é que isso se faz!? Simples: VENDAS.
A primeira coisa que o teu negócio tem que gerar são VENDAS, e não dividas. Activos e não passivos. E é com o dinheiro dessas vendas que tu vais começar a investir no teu negócio – não com o teu próprio dinheiro, não com dinheiro do banco, mas com dinheiro das vendas que fazes aos teus clientes – e isso só se consegue com uma estrutura leve, em termos de dimensão e de custos.
Isto traz-te várias vantagens:
- como estás a começar literalmente do zero, a probabilidade de conseguires ter muitos clientes logo no início será muito pequena (é a regra, e eu dou sempre enfase à regra e não à excepção), e isso faz com que não seja necessário investires muito do teu tempo para conseguires entregar (e entregar bem) o teu produto ou serviço;
- precisamente por não ser necessário essa grande disponibilidade em termos de tempo da tua parte, podes (e deves!) manter o teu emprego para garantires que todas as tuas responsabilidades financeiras estão cumpridas, uma vez que os custos do teu negócio são proporcionais à entrada de clientes e garantidas por esses mesmos clientes;
- e mais ainda, uma vez que as tuas responsabilidades financeiras pessoais estão garantidas e o teu negócio não tem uma estrutura de custos que te obrigue a ter um mínimo de entradas, tudo o que facturares pode (e, mais uma vez, deve!) ser investido no crescimento do negócio – a.k.a., em conseguires MAIS VENDAS, não em coisas que apenas representem custos…
Outra coisa muito importante que precisas reter é que independentemente do que o teu negócio seja hoje, independentemente da forma como o teu negócio opera hoje, independentemente dos produtos que vendes e dos clientes que tens hoje…
…há uma grande probabilidade de ser tudo diferente amanhã – o teu negócio ser diferente, a tua operação ser diferentes, os teus produtos e os teus clientes certamente serão diferentes.
Então porquê que hás-de investir tudo e de forma tão irreversível e inflexível em algo que ainda tem inúmeras mutações para acontecer, que tu nem sequer consegues imaginar quais são.
Calma… Há tempo.
A minha experiência pessoal ensinou-me uma coisa que nenhum professor, cadeia na faculdade ou muito menos um livro de um qualquer “guru” me conseguiu ensinar:
quando as contas estão por pagar, a tua capacidade de conseguires pensar o negócio (e não “no negócio”) fica altamente afectada.
E acontece exactamente o mesmo quanto mais pesada for a estrutura do negócio, ou quanto maior for o perigo (que é diferente que risco, como referi citando o Flávio Augusto) ao qual estás a expor-te, pessoal e profissionalmente.
Mais uma vez, think big and start small.
Passo a passo, tão baby-steps quanto necessário.
Começa enquanto a pensar, a planear e a implementar o teu negócio enquanto ainda estás a trabalhar no negócio de outro, e vai crescendo a partir dai.
Vais trabalhando bem, com o que tens no momento, e o momento de dares o salto vai aparecer – é inevitável.
E quando isso acontecer, tu e o teu negócio vão estar muito mais bem preparados – seja para ter sucesso, seja para responder ao fracasso.
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